Dia 7, a Kaya Mind, consultoria brasileira especializada no mercado da cannabis, apresentou o seu mais novo estudo: “Cannabis e Esportes”. O levantamento inédito, enviado em primeira mão ao Cannabiz, indica que o segmento esportivo pode gerar negócios de mais de R$ 900 milhões de reais por ano para os medicamentos e derivados da erva. Esse montante, ainda segundo a empresa, traria uma arrecadação de R$ 297 milhões em impostos anuais para os cofres públicos.
Projeções desse tipo no universo da cannabis costumam ser otimistas e levar em conta uma série de fatores que nem sempre se confirmam, pois dependem de regulamentação e aceitação de médicos, pacientes e demais consumidores. Ainda assim, o documento aponta para mais uma tendência global e reforça o potencial da cannabis em uma vertente ainda pouco explorada no Brasil. No resto do mundo, vem crescendo o interesse de atletas, amadores e profissionais, pelos benefícios da planta, principalmente seus efeitos analgésicos e anti-inflamatórios. As evidências acumuladas em pesquisas e experiências clínicas, inclusive, levaram a sempre rigorosa agência mundial anti-doping (WADA) a retirar o canabidiol (CBD) da lista de substâncias proibidas durante competições. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, realizados neste ano em função da pandemia, a cannabis terapêutica já estava liberada para aliviar dores e acelerar a recuperação dos competidores.
O relatório da Kaya Mind, que será lançado e disponibilizado gratuitamente no dia 7 de dezembro, usou fontes oficiais que foram balizadas a partir de pesquisas e métricas internas da consultoria. Para a projeção do tamanho do mercado, foram selecionadas 24 modalidades esportivas relevantes no Brasil e os três perfis de atletas com maior potencial para fazer uso medicinal da cannabis. Além disso, foram considerados 15 fatores socioculturais, econômicos e fisiológicos de cada uma das modalidades para a análise, que considerou uma projeção de consumo médio por pessoa, período de tratamento e valor médio do miligrama dos óleos com CBD disponíveis no Brasil.
Com esses dados, a Kaya Mind projeta que o consumo de derivados da planta entre atletas de diferentes níveis (profissionais, amadores e eventuais) tem o potencial de movimentar R$ 901,3 milhões ao ano no país, dos quais R$ 297,4 milhões seriam arrecadados anualmente em forma de impostos.
Fonte: Veja